terça-feira, 1 de setembro de 2009

sob a árvore

um abrigo sob a árvore, aninhado junto às raízes salientes do tronco, semi-enterradas na erva, muito quieto, o olhar nos trilhos ali a poucos metros, os ouvidos atentos ao nunca mais chegar do comboio. pode existir uma ternura muito grande na espera, não sei se o disse agustina. estás aí sob a árvore à espera que o comboio passe para que nesse instante, quando ele passar em frente aos teus olhos com o seu barulho de ferro contra ferro, tu te imaginares seu passageiro. e quando por fim o comboio passa, tu do teu abrigo vês-te passar num lugar sentado à janela, olhando as árvores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário