segunda-feira, 10 de agosto de 2009

fraude

retorno com a sensação de nunca ter sido daqui. e, no entanto, dizem-me: esta é a tua casa, aquela a cadeira onde se sentava a tua mãe, ali o quarto onde dormias, lá fora o pequeno canteiro de flores que pisavas descuidado. mais do que não me lembrar, eu não me reencontro aqui, nenhuma fibra do meu ser emite um sinal, "aqui estás tu", nenhuma sombra que possa reconhecer, nenhum eco. retorno e penso que fraude eu sou, se até o meu passado faz de mim um estranho em mim.

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